sábado, 10 de julho de 2010

Família... tudo igual!

Não moro sozinha, não formei minha própria família, convivo com as pessoas que não escolhi - ou sim (entendam algumas crenças) -  para conviver, a família em que nasci. Meus pais, quatro irmãs e uma sobrinha.

As vezes sou tomada de uma enorme confusão. Por um lado, me culpo por criticar a família que tenho... mais especificamente o comportamento de cada um. Comportamentos simples como o jeito de fechar uma gaveta, o jeito de falar, de atender o telefone, de emitir uma opinião. Por outro lado, sinto um retrocesso a cada momento dessa convivência! Não consigo encontrar a pureza do amor fraterno ou da união ou do acolhimento. Tudo tão lindo não é?! Mas não posso ser hipócrita comigo mesma. As vezes a energia é mais negativa do que tudo. Eu vou fazer uma analogia com a blogosfera. Vamos comparar a um texto. Vc é o texto da família... mas nem sempre temos o privilégio de que esses seguidores (membros da família) estejam na mesma sintonia do contexto do assunto que você escreveu. Mas tudo bem. Você escreve, as pessoas leem, podem entender ou não.. fazer um comentário ou não e pronto. Você pode escolher seguir as pessoas ou não. O problema é quando você tem que seguir quem não quer e ler todos os dias algo que não faz parte do seu mundo interior e não poder comentar nada. As vezes me sinto assim aqui com minha família. E tem sido um exercício quase impossível de entregar. O emocional não permite o auto domínio e consequentemente perco domínio sobre meus nervos, minha respiração, meu estômago, minha cabeça. E nesses momentos percebo quão fraca eu sou. Quantos enormes defeitos ainda tenho!!

Enfim... concluo que o caminho da evolução está bem longe de um velho ermitão que se enclausura no deserto apenas dominando os desejos e necessidades carnais. Para evoluir, é preciso vencer muitos obstáculos em nosso próprio meio. Meditar muito, contar até cinco, não perder o domínio para nosso emocional. Não ser hipócrita acima de tudo e admitir que as vezes somos velhos homens das cavernas na tratativa de nossas emoções, de nossos afetos, de nosso convívio.

3 comentários:

  1. Minha querida Rose, como você mesmo disse "Família é tudo igual"., só muda o endereço, rsrs, mas quando não os temos mais, fazem uma falta que você nem imagina..Tenha paciência minha querida...Lindo domingo Beijocas

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  2. Rose, eu acredito que nascemos na família certinha, exatamente aquela que nos conduzirá à lição que precisamos aprender. Você só precisa decifrar que lição é essa e tratar de aprender o mais rápido possível, pois, assim que aprender, as coisas mudam. Ou você muda de lugar, ou a família muda com você. Mas, de repente, é a "paciência", então, precisará ficar mais tempo junto com eles, para poder praticar bastante. Talvez, sua lição principal seja a "independência". Nesse caso, dá para entender que não se sinta bem aí, para que possa sair o quanto antes de casa e não depender de ninguém. é meio complicado, mas a gente aprende. Um abração!

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  3. Su, minha terapeuta assinaria embaixo tudo que vc falou. E eu concordo perfeitamente com cada palavra que vc comentou. Procuro observar todos esses pontos para entender onde devo evoluir e melhorar como pessoa. Talvez não aceitar a independência que a vida quer para mim seja um grande problema. Mas acredito que o movimento está acontecendo. Adorei seu comentário. Beijos

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