quarta-feira, 30 de março de 2011

Para irmãs


Quando eu tinha 6 anos vi pela primeira vez uma tia que até hoje, aquela imagem não me sai da mente. Ela chegava em um cavalo. Muito linda. Alta, ruiva. Se parece com minha irmã Telma. Logo depois, vieram minhas irmãs gêmeas. Ruivinhas também. As três tem sardas no rosto e o nariz meio pontudinho. Tudo isso me lembra as histórias das antigas damas celtas que possuíam essas características físicas.

Essa lembrança me faz encontrar comigo mesma e ansiar pelo conhecimento. Sobre a vida do antigo povo celta, da história das antigas mulheres fortes que simplesmente relaxavam e deixavam a natureza agir (Vivi, nossa irmã de alma é assim).E esse poder feminino de encontro com a natureza que é capaz de trazer o respeito de volta e a paz entre os homens e a Terra.

O aprofundamento no conhecimento da cura e da terapia através das ervas, dos aromas, dos sabores, dos ciclos naturais e dos elementos da natureza devem ser resgatados por todas nós. A dança, a arte, a escrita, a culinária, tudo isso nos faz mulheres. E quem diz que tudo isso não é mágico? Sim! Se ser bruxa significa ser mulher, eu aplaudo essas senhoras bruxas do bem. Aquelas que misturam os sabores da terra. Que respeitam o poder das ervas, da flora na cura de doenças. Que fascinam os olhares com a coreografia de suas danças, de suas pinturas. Que levam a mente viajar com seus escritos, contos, poesias e histórias. 

Diante disso e à beira do caos do mundo contemporâneo, que todas as mentes se voltem à mudança de pensamento. É preciso desapegar do antigo, deixar morrer e deixar "acabar o mundo" existente e falido. É preciso peneirar desse mundo toda a herança iluminada do Amor para construirmos o que há de bom que está para chegar. 

Um comentário: