domingo, 10 de novembro de 2013

Baba Yaga de volta

Evoluir a alma não é tarefa fácil.
Pior ainda para uma pessoa introspectiva como eu. 
Sempre achando que minha profundidade, minha sensibilidade, intuição, espiritualidade,  minhas idéias e meu modo de pensar eram superiores. Que a fraqueza, mediocridade e futilidades humanas não me atingiam. Segura como mulher, como humana, como índigo almejando grandes conhecimentos e filosofias anos luz do que ainda preciso alcançar para me tornar melhor. Não segurando a onda das mazelas da sociedade e me fechando em meu mundo fantástico. E assim, me considerando mutante e evoluída diante de todos.
Tudo muito fácil quando você está em "PAZ"... 
A fusão da minha arrogância, inteligência e introspecção me impediam de ver algo importante: faltou humildade e interação que me dariam  a verdadeira sabedoria.
Sempre achei que sozinha eu sou mais feliz. E realmente é isso porque eu sempre fazia tudo como queria, sempre pensei com meus velhos padrões. Sempre quis essa "paz". E não é assim. O vazio invade e o Universo cheio de amor vem mostrar que preciso interagir. Ter profundidade nas relações afetivas, familiares, com a natureza. A vida nos aproxima de pessoas que vão nos mostrar o que precisamos para sermos felizes. Uma frase contemporânea muito falada entre as pessoas é: "seja feliz consigo mesmo e não espere que o outro te faça feliz." Parece bonito e sábio, não!? Nada disso! É preciso ser corajoso consigo mesmo, ter convicção e humildade para viver o difícil exercício de quebrar o paradigma do relacionamento feliz e harmônico. Isso é um paradoxo pois os relacionamentos felizes e harmônicos são nocivos. Isso mesmo: nocivos. Um relacionamento que não há discussões, contestações, ciúmes, cobranças está bem longe de evoluir as duas pessoas. É no outro que me enxergo: qualidades e defeitos.
É importante haver afinidade e amor mútuo. É preciso se importarem um com o outro, cuidarem um do outro, admiração, respeito e muuuito diálogo e holística, mas não deve ser perfeito. 
É na experiência e no cotidiano que o outro nos ensina a enxergar quem somos: nossas falhas, nossas limitações, nossas fraquezas, nossa imaturidade. E isso é fantástico!! O amor se faz assim. Isso não significa que não temos paz, mas que somos privilegiados por termos alguém que testemunhe a vida e nossa evolução com o mesmo amor mesmo diante das adversidades.
Paz é viver na zona de conforto? É viver com meus defeitos guardados? Não ouvir críticas? Essa falsa paz só nos faz viver enclausurados e escravizados em nossa escuridão. É preciso limpar o coração, evoluir e libertar a alma de defeitos que nos impedem de crescer e evoluir. 
Existem os relacionamentos nocivos e destrutivos sim, mas os seres iluminados e saudáveis sempre serão direcionados aos parceiros certos para essa evolução. É só querer, ter coragem, paciência e humildade para entender. 

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