sábado, 22 de março de 2014

Ficção Estrogênica - Capítulo I

Estamos no ano 2.965. Estamos passando por terríveis mutações humanas. Já não conseguimos enxergar além de 10 metros. A tecnologia e a ciência porém nos ajudou a desenvolver mecanismos para que isso fosse solucionado e logo no início da vida nos são implantadas lentes de longo alcance. Não apenas nossa visão se prejudicou ao longo do milênio, mas outros sentidos tais como o olfato, a audição e o paladar. 

Perdemos contato com seres das constelações que ajudaram nossa raça. Os últimos contatos aconteceram há um milênio onde seres das constelações superiores implantaram códigos genéticos em alguns seres humanos denominados EGIs (Evolução Genética Indispensável) que trouxeram em seu DNA uma consciência cósmica evolutiva voltada à polaridade positiva emanando paz através de seus sentidos aguçados, talento e luz própria. Com a perda do contato, surgiu o desequilibrio. A procriação dos EGIs não foi suficiente para manter a raça humana em equilíbrio. Mesmo alguns seres de luz diante da polaridade negativa não conseguiram "segurar a onda" diante do mundo externo e de sua realidade paralela. Alguns sucumbiram enlouquecendo, se suicidando. A maioria obteve sucesso acreditando sempre no presente das galáxias e de seu Criador. Lutaram até o fim e disseminaram para seus descendentes o DNA da força e do brilho para que fossem repassados através de sua linhagem de geração em geração. Hoje restaram poucos EGIs.

A raça humana não consegue enxergar além de 10 metros. Sua criatividade está sendo extinta. Desde o início do milênio foi alienada e escravizada pela tecnologia e a velocidade de respostas rápidas. Enxergam apenas a distância de seus aparelhos celulares e computadores. Estamos quase sem movimentos. Nossos pescoços possuem boa movimentação apenas para baixo e limita-se na diagonal. Não enxergamos as árvores, o mar, as estrelas, as pessoas. Enxergamos fotos, palavras. Não produzimos o efeito sonoro de um milênio atrás. Temos tecnologia, porém, nossa audição deficiente não permite criarmos a perfeição sonora que outrora nos fascinava. Enfim, essas são algumas das infelizes mutações que a raça humana enfrenta como produto de seu próprio egoísmo, superficialidade, corrupção e orgulho.

Agora, estamos iniciando o projeto de Luz. Convocamos os últimos EGIs terrenos e toda a força de seus ancestrais. Com o poder de nossos sentidos e humildade, lutamos pelo contato com as galáxias irmãs e as constelações que poderão nos ajudar a reverter o código. Não sabemos o que acontece nos céus. Que conflitos as galáxias estariam enfrentando? Aonde estão vocês Plêiade, Orion, Taurus?? Enfim, aos últimos de nós, nos resta gerar a consciência coletiva que poderá ensinar a profundidade, solidariedade, amor e construção de uma nova raça. Precisamos de vocês. Há esperança de um novo contato. Há esperança de uma mutação positiva.

Uma nova história está começando.

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