segunda-feira, 12 de maio de 2014

Ficção Estrogênica - Capítulo II - Os EGIs

http://noticias.psicologado.com/neurociencia/estudo-vincula-tdah-a-mutacao-genetica?fb_comment_id=fbc_10150457146880759_23921065_10151140271990759



Continuação

Ninguém conseguia entender que alguns seres humanos nasciam com uma mudança genética. Os "sintomas" estavam claros e cada vez mais presentes nas crianças em idade escolar. 
Nós éramos rápidos, perspicazes. Conseguíamos realizar várias atividades ao mesmo tempo. O mundo passava por uma transformação, e infelizmente, como de costume, toda transição gera polêmica. Ser igual à todos era extremamente importante para se conviver em sociedade, e, a velha geração precisava nos conter.
Éramos vistos como portadores de distúrbios "anormais". Ninguém estava preparado para nossa Luz.
Nos entupiam de drogas que funcionavam como que camisas de força para nosso cérebro criativo. Nosso DNA natural não suportaria tais controles. 
Por toda a eternidade sabe-se que o que contrapõe à Natureza pode gerar desequilíbrios e catástrofes. Não seria diferente com nosso cérebro. Os EGIs precisavam se expandir. Era necessário que sua vinda ao planeta fosse disseminada com sua criatividade, com seus talentos e com sua Luz. O Planeta precisava de nós.
Muitos foram controlados. Sua natureza "selvagem" e criativa foi submetida às "drogas da obediência". A velha geração só queria protegê-los. Mas protegê-los do quê? De sua missão terrena?
Com o passar do tempo, muitos de nós sucumbimos às pílulas da felicidade, do prazer, da serenidade. Tudo superficial, temporário e dependente. Mas nascemos com um propósito que confrontados com a inexperiência e atitudes equivocadas de nossos antepassados prejudicaram muitos de nós. Alguns viviam alienados, outros se desequilibraram, enfim... não tivemos êxito com a primeira geração enviada à Terra.
Nossas vontades e o livre arbítrio vistos negativamente como uma ameaça. O mundo precisava ser transformado e o medo coletivo e inconsciente escravizava a liberdade dos primeiros EGIs que se estabeleciam no planeta.
No entanto, Billy... um típico EGI se destacava cuidadosamente. Billy tinha uma conexão mental com a natureza que o fazia equilibrar com suas atividades diárias. Totalmente lógico e perspicaz, Billy conseguia realizar com excelência suas tarefas escolares, estar conectado com as mudanças tecnológicas e mantinha seu cérebro sempre em movimento, o que para alguns era classificado como uma mente inquieta. Por sorte, Billy tinha um mentor que se chamava Brian que o orientava. Brian e Billy sempre conversavam muito sobre os elementos da natureza, música, lógica, geografia e cultura dos lugares que Billy tinha curiosidade quando visitava no Google Maps e outros assuntos que faziam com que ele pudesse se desenvolver enquanto jogavam xadrez e tomavam milk shake de chocolate.

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