terça-feira, 11 de novembro de 2014

Antonieta


Antonieta,
Falando coisas que a desabonassem como mortal. E por que Antonieta desabonava tanto?
Antonieta coitada, vivia lutando contra o mal dentro dela. Sua vida era uma constante luta entre o bem e o mal. Essa batalha corroía e era uma das piores da existência humana, mas a de Antonieta era um tormento para ela e só para ela.

Do nada, a perturbação já se apresentava. Ela intuía que naquele dia haveria algo muito ruim dentro dela, como se fosse uma noite de lua cheia que a transformasse em uma criatura demoníaca. E por mais que ela se protegesse e dissesse: "Hoje vou rezar um terço para S. Miguel, acender uma vela e ler a Bíblia", algo vinha de repente e a tirava do caminho que ela escolhera, devastando todo o seu ser, se apossando de sua voz e de suas ações.

Antonieta por várias vezes pensou em suicídio. As marcas da destruição que ficavam eram devastadoras. E ali estava ela... arrependida, derrotada, perdedora, destruída e com sua própria sentença anunciada. Ela então presencia através de S. Francisco na forma de seu livro secreto roubado de suas mãos por Rafael (um dos Sete que assiste na presença do Senhor). Ele, ali manifestado na forma humana com seus cabelos castanhos claros na altura dos ombros, meio lisos e cacheados nas pontas e totalmente à vontade em um dos degraus da Igreja olha para ela sentado e ela em pé atônita com aquela cena arteira que o anjo criou tirando os livros de suas mãos.

Sim,  Rafael veio resgatá-la e dizer que ela precisa ensinar a Paz ainda na forma de discípula humana. Rafael disputa com o demônio a alma de Antonieta. E finalmente, através da humildade, ela percebe que sua vida e sua alma são tão preciosas, que um Anjo Divino foi capaz de assumir a forma humana para vir trazer sua vida de volta.

Nenhum comentário:

Postar um comentário